Brasil é vice-campeão entre países de “nem-nem”: Saiba o que é isso

O Brasil enfrenta uma triste realidade. Jovens não conseguem ingressar no mercado de trabalho, nem estão fazendo alguma especialização. Confira o relatório da OCDE.

O Brasil tem um desafio alarmante na educação e oportunidades para jovens. Segundo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o país tem uma das maiores proporções de jovens fora da escola e sem trabalho. A situação preocupa, pois esses jovens enfrentam obstáculos sociais e falta de empregos. Isso afeta não apenas os indivíduos, mas também a economia. É urgente cuidar dessa transição para o mercado de trabalho, garantindo um futuro melhor para os jovens e para o país como um todo.

No Brasil, jovens nem estudam, nem trabalham
No Brasil, jovens nem estudam, nem trabalham. Foto: divulgação

No Brasil, jovens nem estudam, nem trabalham

Para muitos jovens, o momento de escolher uma carreira e entrar na faculdade aos 20 anos é apenas o começo. Kailane Moreira Franco, estudante, teve o privilégio de contar com o apoio dos pais para decidir qual caminho seguir. No entanto, para outros jovens, como Marisa Costa Alves, que já é mãe de dois filhos, a falta de oportunidades e as responsabilidades da vida levaram a interrupções nos estudos e a sonhos interrompidos.

No entanto, é importante ressaltar que a situação dos jovens que não estão estudando nem trabalhando não é uma escolha, mas sim uma imposição social. Fausto Augusto Júnior, sociólogo, preferiria chamá-los de “nem-nem”. Isso porque parece que esses jovens não querem estudar nem trabalhar, quando, na verdade, são as condições sociais e a falta de emprego que os impedem.

Essa realidade tem consequências não apenas para os indivíduos, mas também para a economia do país. Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da USP, ressalta que estamos vivendo mais, mas produzindo cada vez menos jovens. Portanto, uma parte significativa dessa geração terá dificuldades em sustentar os idosos no futuro.

No ranking de países analisados pela OCDE, o Brasil ocupa o segundo lugar na proporção de jovens fora da escola e sem trabalho, perdendo apenas para a África do Sul. Essa realidade é agravada pela desigualdade existente no país. Enquanto a proporção de jovens nessa situação é alta nas regiões mais pobres, nas áreas mais ricas do Brasil ela é significativamente menor.

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Consequências de não priorizar a educação

Economistas e sociólogos expressam a necessidade de atenção a essa fase de transição para o mercado de trabalho. Isso é crucial não apenas para garantir um futuro mais promissor para os jovens, mas também para o desenvolvimento do país como um todo. O ensino médio precisa se tornar mais profissionalizante, a fim de preparar os jovens desde cedo para ingressar no mercado de trabalho e encontrar ocupações estáveis.

O Brasil não pode se contentar em ser conhecido como o “país do futuro” eternamente. É necessário investir na educação e criar oportunidades para os jovens, pois, caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos o “país do passado”. 

A falta de priorização na educação afeta diretamente o futuro dos jovens e o desenvolvimento do país como um todo. Com uma proporção preocupante de jovens fora da escola e sem trabalho, estamos perdendo oportunidades de crescimento econômico e social. 

É fundamental investir na educação desde cedo, oferecendo um ensino profissionalizante que prepara os jovens para o mercado de trabalho. Priorizar a educação é investir no futuro do Brasil, criando uma sociedade mais justa e próspera, onde todos tenham chances iguais de alcançar seus sonhos e contribuir para o desenvolvimento do país.

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